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Por que os anos 50 foram a década mais estilosa da história?

Tem um momento chave no filme “O Selvagem”, um clássico de 1954 e todo jovenzão sobre uma gangue de motoqueiros fazem que um fuzuê em Hicksville, EUA, quando uma tiete dos tais “rebeldes” pergunta ao líder do grupo, um cara com jaqueta de couro e visual impecável, que na verdade é só o Marlon Brando jovem: “Ei Johnny, vocês estão se rebelando com o quê?”

A resposta de Brando, com aquele olhar cansado do mundo: “o que você tem com isso?”. A resposta curta e grossa, ao menos naquele contexto, era bem simples também: “revoltado com coisa pra C¨$#¨#%.”

Os anos 50 foram a primeira década após a loucura que foi a Segunda Guerra Mundial foram um tanto esquisitos: aquele clima de paz e festa logo mudou para uma ressaca de conformismo onde até o mais insano dos homens estava com seu terninho de trabalho, e sem nenhuma motivação. Pelo menos até o Marlon Brando começar a cruzar o caminho deles.

Um bom rock, poesias ritmadas, e um expressionismo abstrato foram algumas das contraculturas que batiam justamente com esse clima frio da época, sem trocadilhos políticos. E isso caiu em cima da moda também, encontrando sua coletividade.

Os cortes ficaram mais ficaram mais ousados, os colarinhos mais folgados, e elementos de trajes esportivos, de trabalho e até mesmo a indumentária militar começaram a encontrar moradias mais frequentes nos guarda-roupas masculinos.

Isso é um pouco dos anos 50 para você. E vamos te explicar por que eles e nós temos tanto em comum no estilo.

O que foi o estilo rebelde dos anos 50?

Elvis foi um marco da rebeldia nos Anos 50

Se hoje alguns estilos são considerados nobres e estilosos, como a gola alta, a jaqueta jeans e camisa pólo de malha, só para citar uns exemplos, naquela época isso é considerado uma verdadeira rebeldia com os padrões mais antigos.

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E dentre esses exemplares, nada seria mais revoltoso para um rebelde do que a camiseta. Isso, aquela sem estampa, simplezona, que você usa tanto para ir no mercado como para um happy hour sossegado.

Antigamente uma peça usada apenas nos meios militares como uma undershirt, ao longo dos anos 50 passou a ser comum entre os jovens, principalmente os mais rebeldes. O já citado Marlon Brando era um desses, exibindo em seus filmes com ela suada em “Uma Rua Chamada Pecado” (1951), ao mesmo tempo em que James Dean chocou todo mundo em “Rebeldes sem Causa” (1955).

O cinema não foi a única forma de expressar um pouco dessa inquietação que os jovens viam nos mais velhos do pós-guerra. Na música, já fazia alguns anos que Elvis Presley irritava alguns pais e mães de filhas histéricas com seu visual e estilo rebelde, e nos anos 50 ele entrou de cabeça nos quiffs, jaquetas de couro, calças jeans e as camisetas, quando isso tudo era considerado coisa de degenerado.

Jack Kerouac e o movimentos Beats fizeram mesmo, mas com as roupas de trabalho, mostrando inclusive um pouco da loucura que foi aquela década, mais do que uma rebeldia dos jovens.

Nas artes, Jackson Pollock não abriu mão nem um pouco do jeans em tudo que vestia enquanto espalhava sua pintura em gotas por aí, meio que quebrando um pouco dos padrões “elitistas que os artistas da década anterior fizeram. Todos esses caras quebraram o molde, e você pode fazer o mesmo.

O “anos 50” hoje em dia

Veja como os Anos 50 influenciam hoje

Hoje meio que temos um renascimento expressivo da moda dos anos 50 – camisetas sem estampas, pólos, calças de cintura alta, jaquetas de couro legítimas, camisas de colarinho, mocassins. A Prada, sempre ela, fez mais do que trazer velhas tendências, adicionando um toque mais moderno e até mais animada. Afinal, apesar do conformismo dos anos 50, também havia otimista.

Trazer modas do tipo hoje em dia faz todo o sentido, mesmo que você não acredite de cara. Assim como naquela época, estamos num misto de conformismo e anseio por novidades e mudanças, e os trajes podem representar muito bem esse lado.

E por incrível que pareça, essas peças que citamos antes hoje em dia dão um ar mais classudo e diferenciado. Fazer uso de uma maneira criativa é uma das melhores formas de honrar aquele espírito libertador de 60 anos atrás. Sim, já tem esse tempo todo.

Veja que criatividade é diferente de rebeldia. Ou melhor dizendo, também é uma rebeldia, mas não tão exagerada. Desde aquelas peças cinematográficas de Marlon Brando, temos um ar subversivo e que grita através das roupas para sair daquele climão chato. Entender isso é trazer algo que exprima sua personalidade é sua melhor forma de homenagear os anos 50.

Peças essenciais para um estilo anos 50

Estas são algumas peças clássicas dos homens dos Anos 50

Vamos a um bate bola, peças rápidas para você montar essa viagem estilística a 60 anos atrás, mas sem perder o lado atual e muito condizente com nossa realidade.

Camisa com colarinho – pode ser xadrez ou de uma única cor. Pode ter estampas ou não, mas o fato é que foram aqui que elas começaram a ganhar um pouco mais de destaque antes de suas particularidades passarem a integrar alguns grupos, como os grunges e o pessoal do hip hop anos depois.

Calças Sociais – O jeans seria algo mais popular apenas uns 20 anos depois. Aqui, você pode apostar tanto nas calças sociais como nas chino para trazer um pouco daquela década, junto aos mocassins e as malhas de pólo.

Mocassins – Você pode se inspirar nos estilos mais populares, e que certamente o seu avô deve ter guardado em algum lugar, ou apostar em estilos modernos e até mais estilosos, como os feitos pela Oxford. Em ambos os casos, o resultado é algo bem sofisticado para tempos atuais.

Malha de Pólo – É uma peça icônica do “homem padrão” na segunda metade dos anos 50, deixando as camisas de botão de lado para algo mais leve para o dia a dia. Não é nosso caso hoje em dia, então guarde essa peça

Jaqueta de Couro – Um dos símbolos da rebeldia da década de 1950, a jaqueta de couro hoje em dia possuem muitas variações de modelos e estilos, saindo um pouco daquela idealização do motoqueiro. Escolha um estilo que combine com você, e aí sim faça a devida homenagem.

Então, pronto para ir aos anos 50? Deixe nos comentários quais peças e combinações você pretende, rapaz. E nunca deixe essas raízes de lado. Afinal, clássicos não recebem esse nome a toa. Até a próxima!